flores de plástico
Tinha uma voz calma, que não era a sua. Tinha um desejo de ser mais que isso. Tinha uma compreensão, própria de crianças que estão amando
profundamente o que não podem ter.
Ela tinha. Enquanto conversavam sobre emoções.
E ele respondia, como se isso fosse deixá-la nas nuvens:
- Você é a irmã que eu nunca tive. Te amo.
Ela sorria. Porque entendia que os dois precisavam abrir os olhos na adolescência para viver a infância dos amores impossíveis.