Liberdade Digital

Se me mato todo dia

é que não me amas com eu quis

e porque meu medo de te pertencer, voltou mais forte.

Tento a cada novo trago, uma melhor sorte

prá te encarar , conter teu riso, esconder o que já fiz

debaixo do tapete, esperançar um novo dia...

Onde eu possa acreditar que está de volta, como antes

caminhamos juntos, acreditando-nos um

nalgum lugar prá dois, ou mais, em paz.

Imaginava-nos, era sonho, não sabido, apenas amantes

o que querias, e o tolo; navegando taças de rum,

quebrando a cara, prá parecer demente, parecer gente, parecer mais...

Hoje eu te persigo numa madrugada contida, num sono profundo,

Num talvez tão largo!

No caminhar silente dos ponteiros

tento entender o meu mundo

em teu universo silencioso.

Te acreditar é meu encargo,

meu karma, um estigma. Te acreditar, é gostoso,

doloso, matreiro...

Parecer prazeroso o não te querer; faz-me querer mais te querer...

Por entre os dedos, escoa-se a vida

ecoam vozes já esquecidas,

vou lutando prá saber te pretender

e não mais dizer

não te quero...

Como frestas por onde a luz não penetra

vai pulsando mais lentamente, um coração que amava:

Intenso, hoje, nem mais tanto.

São tantas verdades vencidas,

que minha alma, já nem mais que esta lida:

Prefere então repousar e esquecer,

brincar sozinha, prá não mais te ver,

enquanto me desespero...

Envolto em cinzas, vestido de uma face discreta

para a qual não mais ligas, eu sonhava

poder te encantar de novo, por te amar até mesmo no meu pranto..

E o telefone não toca, nem a porta se abre...

Apenas o vento.

Apenas vento...

maddock
Enviado por maddock em 07/10/2006
Código do texto: T258380