O MEU PEITO ...
O meu peito... ah o meu peito de cetim
Cansado como flor seca de jasmim
De esperar a invasão de sangue novo...
Te sente a anos luz da realidade
Colonando de trevas e ansiedade
O mar das ilusões em que me movo
Em sonhos te vejo junto à foz
De silêncios sem rumores nem voz
De um Tejo agitado por correntes...
Outras, nos trilhos do esmerado Minho
Cabelo ao vento, cheiro a verde pinho
Pensando em tudo menos no que sentes
De receio ao erro se fazem os teus dias
Noites em claro enquanto tu dormias
Me conduziram ao éter do imaginário
Vejo-te, sem te ver, de olhar entristecido
Como saldo em branco, algo emudecido
De apelos estendidos em rosário.