Da emoção ao marasmo...

De verdade em palavras digo o que deve ser dito, mesmo que certas coisas deveriam ser guardadas, mas não seria justo viver com uma angústia calada no peito, esperando não ser dita.

Digo para não inventar mais um amor, o qual, aquele dia sonhei, porque se um dia acabar, saberei que não existiu, nem em mim, nem em você. Por que da emoção ao marasmo, é um caminho curto, bem curto.

Soubesse eu viver sem emoção, ficaria mais calma. Mas não, o tempero é afrodisíaco, é fundamental. Eu quero me apaixonar toda vez que olhar para você e preciso ser recompensada com emoção e vontade. Aquela vontade que contagia, que de uma forma ou de outra é espontânea, natural e faz com que eu acredite.

Quando há abandono de alguma parte, alguém adoece. Fica mais completo ainda quando a insatisfação surge e ressurge naquele corpo doentio. Porque se o corpo adoece, ele se afasta, o relacionamento esgota e acaba.

Quero estar em necessidade absoluta do que, por natureza, é meu, do que por extinto é recíproco. Sem partes incompletas, sem vazio e sem tempo curto. E nesse tempo, que seja curto, sujeite-se a mim, não seja oneroso, mas seja completo.

Cada passagem deve ser ilustrada, porque a mulher precisa e, uma vez perdido, nunca mais é recuperado. Porque a fragilidade é competência masculina, daquele que custa conciliar o ânimo de uma nova conquista e mostram-se envoltos a uma realidade murcha e seca.

As falsas promessas acolhem e confortam, porém, não cumpridas, acarretam a repugnância por quem às prometem. É caro pagar, por isso, mais eficaz é prometer.Quer um conselho?

Apenas ouça o que chega até você, porque dessa necessidade pode morrer aquela saudade, e o sujeito dessa vontade que não cessa nunca é você. Mas presenteie com algo simplório, nada pode substituir a satisfação.

E quando o ponto a ser ultrapassado é da insatisfação para a satisfação individual ou no plural, a emoção entra em ação. Assim, a mente da mulher pede fortes emoções para espantar aquelas fracas que rondam assombrosamente o teu canto. Digo-lhe, aquelas chamadas de atenção, que por um minuto você rejeitou e agora me despeço ou sujeito-me à convivência.

Porque a conquista é diária, um “Eu te amo” é pouco, todos são muitos e tornam-se comuns quando as demonstrações são nulas. As palavras são valiosas e, da mesma forma que transmitem alegria, fazem derramar dor. Iniciativa, coragem, sensações e descobertas também são necessidades que caem no comodismo, e da emoção ao marasmo, o caminho é curto. Se não cultivado conscientemente morre e faz o corpo de quem sente adoecer. Porque sem emoção nada faz sentido.

Talita Palmieri
Enviado por Talita Palmieri em 11/10/2006
Reeditado em 10/07/2013
Código do texto: T262038
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