SEM RUMO

Sou um barco à deriva no oceano. Levada às vezes por ventos calmos, desfrutando a tepidez do sol, por outras, cega pela tormenta, sem conseguir sequer divisar o horizonte.

Não sei se um dia chegarei à praia. Sinto-a distante, quase inacessível. Receio que meu destino seja este: navegar, navegar sempre, sem rumo, sem destino, numa contínua e inútil jornada, até o momento em que, pobre barco cansado, sucumba às ondas inclementes ou simplesmente me destroce contra algum rochedo.

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