SORRISOS DE ESPUMA ...
Lágrimas ardentes como larva que desce da montanha
Sorrisos áridos como flechas que sobrevoam o espaço
Horizontes sem fim, de visionamento baço
Mãos que se cruzam como borboleta que se vê e não se apanha
Sorrisos de espuma como onda a flectir na areia
Colagens de corpos em constante avenida sensual
Gritos de alerta porque ao longe se detectou uma sereia
Ávida de anunciar que a vida não é um Carnaval
Cabelos ao vento, brisas frescas de ternura
Pensamentos herméticos que mantêm a clausura
De desejos longamente amordaçados
Teu sorriso, teu arejar brando, palpitante
Teu esbracejar em ‘lume’ céptico, errante
Adormecendo na penumbra dos teus fados