FICA UM MERO OBRIGADA...

incompreensível esta “roda” veloz chamada vida, tempo...

um dia traz alegrias infindas, outro, lágrimas abundantes.

num momento dúvidas cruéis, em outros, certezas de fé.

em noites longas, solidão cruel, noutras, lembranças de paz.

rápido tudo é passado, imediatamente, já vislumbra-se futuro

amigos raros acenam, amigos “palhas”, vão-se, indiferentes...

amores, a-mo-res? passam. se vão, surdos, mudos, confusos...

pessoas tão essenciais à vida, simples, nos servem, também se vão.

não dá tempo a maiores gratidões, aquelas, verazes e necessárias.

resta o vazio daquilo que o coração deseja, chora, silencia...

e o tempo mais uma vez passa, deixa apenas o cansaço, a lágrima.

não há mais retrocesso, nem deve... haverão novos momentos, talvez...

pára-se um instante e “filtra-se” o que ficou nas profundezas do ser.

sempre fica, louvores, infinitas gratidões, um abraço esquecido, uma dor...

perdão Senhor! tudo que fora agendado, tudo que fora planejado...

ficou lá, nas páginas das agendas e quem sabe?! ainda, dê tempo.

resta um mero obrigada... tão humano como nós, pobres mortais.

Gus, 23 de dezembro - 01h02

Bom dia em véspera de correrias e festas.

Míriam DOliveira
Enviado por Míriam DOliveira em 23/12/2010
Reeditado em 27/12/2010
Código do texto: T2687227
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