Às vezes, no natal.

Às vezes, mas somente às vezes, me pego com os olhos lacrimejando ao ver tanta gente ainda sem a mínima condição de ser chamado de humano, devido às condições em que se encontram no momento. Quando digo às vezes é porque já bastante acostumado com essa realidade, ainda é preciso uma ocasião festiva universal, para trazer de volta em mim um sentimento impedido de se mostrar o ano inteiro.

No meu caso específico, de uns anos para cá tem melhorado bastante o afloramento desse sentimento de fraternidade, devido eu ter me engajado no serviço fraterno, como disse antes vez por outra, ao me entregar a ajudar amigos, que tentam aliviar as dores e as necessidades desses entes queridos, mas de certa forma abandonados pela sorte.

Se as vezes ainda choro não é por mim, pela minha inércia já vencida, mas é por aqueles que ainda dormem, sem pensar no dia seguinte onde poderão ser eles a precisar de ajuda, e é para eles que sempre elevo aos céus uma prece pedindo ao Pai que os alerte antes que seja tarde.

Mas também devo deixar o registro de que estamos vivendo tempos bem mais fraternos, apesar das dificuldades que alguns ainda encontram para realizar um ato caridoso.

E nesse natal, mesmo sem te conhecer pessoalmente, quero te abraçar para te desejar felicidades eternas e dizer que, se ainda não fez uma caridade experimente, não vai doer e ainda lhe trará uma sensação de alegria jamais vivida antes. Que Deus possa vos abençoar e um feliz natal.

ChangCheng
Enviado por ChangCheng em 24/12/2010
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