Pensamentos Perdidos

...Como fluem os pensamentos. Como os pesadelos se curvam perante mudanças tão mordazes, vistas por olhos bons samaritanos. Sinto metamorfoses tão breves... borboletas livres. Uma alma reencontrando outra, uma ideologia ignorada pela mesma, um princípio caminhando a passos lentos, mas, invasivo em mentes sem grades, se é que o modismo entende! Sou regime militar aos conceitos e idéias formadas com base no “Maria vai com as outras” Onde deixamos nossos rascunhos rabiscados com tanto amor sem preço? Por onde andamos todo esse tempo no qual as coisas aconteceram? São tantas perguntas, tantos fantasmas amigos, inimigos, sei lá... O limite do meu saber, é saber que sou assim, meio flor, meio espinho. Sou nada mais do que quero ser, entre copos cheios e pessoas vazias, com exceções é claro. Nem sei porque escrevo, se tenho uma alma transbordada de pensamentos que nunca conheceram “o curvar de joelhos”, que nunca aceitou a seco as fraquezas que batem a porta em busca de vulnerabilidade. Almejando nossas presentes e futuras brechas, que levam à alma e que uma vez consumada, destroem os equilíbrios que deveriam ser imbatíveis. Que deveriam ter muralhas armadas. Enfim, suspiros... O amor chegou de forma brusca, instalando-se nas profundezas das entranhas minhas, destruindo a morte que aproximava-se da vida. Agora sei porque escrevo, agora sei porque sofro... eu sofro? O que é sofrimento? Será uma breve dor, numa linha de trem, carregada de tempo pra mudar as coisas? Jamais subestime um segundo, pois nele pode está contido sua tão lutada vida, todos seus passos, acertos e erros. A sensação de sonhar com personagens, os quais não conhecemos, seria diretamente proporcional a passar todos os dias por pessoas de seu cotidiano suicida, e achar que tais quais jamais existiu numa escala sensata. Numa medida simplesmente humana, ou seja, existiram somente para se dar à sociedade sem contestar. Não me permito ser normal, me chamem de louco, mas nunca de igual. É inútil procurar respostas, pois as mesmas jamais foram moldadas de modo universal, e por isso sou pensador e dono das ideologias que determino. Por isso amo não somente a mim, mas principalmente ao próximo, numa visão precisa de modo em formação... Só quero ser, sem pretensões, um pequeno (talvez invisível) grão de sabedoria numa ilimitada montanha de ignorância. Então serei humildemente grande. Serei completo. Serei eu sem o surrealismo dos pensamentos alheios, e sem a clausura dos passos a mim pré-destinados por algum pensador que ignora a categórica certeza, de que tenho liberdade, e que sou criador desta criatura que só respeita meus preceitos, curvando-se apenas a mim.

GCarlos
Enviado por GCarlos em 05/01/2011
Reeditado em 06/12/2012
Código do texto: T2711625
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