As águas subiram, inundaram de dor, as almas impotentes, para conter todo tipo de excessos contra o meio ambiente e a dignidade das pessoas.
A degradação humana é veia dilacerada, exposta no avesso da obra, dos destroços, dos soterrados vivos, dos entes queridos boiando nas águas da morte, que espelham a crua realidade que se mostra.
Ainda que o arco-íris sinalize com a reconstrução inevitável, a dor maior é sobreviver...
E emerge do caos a solidariedade.
Torna-se emergente, em estados de calamidade pública, o carregar do sofrimento alheio, que é a dor mais antiga de cada um
O insuportável êxtase e a atávica dor de ser humano: frágil diante da força de um destino coletivo, que trilha na prisão da própria solidão.