Ponto de fuga
Às vezes tenho vontade de pensar, como agora
Mas a vontade some quando pouso os pés ao chão
A verdade sempre foi a maior inimiga dos que sonham
O maior erro é acordar
Ao entrar em um ônibus sempre costumo observar os rostos das pessoas
Rostos vazios com olhares fitados para o nada
Consumidos pela fera do dia-a-dia
Escravas da rotina que também tenta me consumir
Amanhã acordarei no mesmo horário
Mas agora, depois desta última linha, irei voar.