cotidiano do amor

COTIDIANO DO AMOR

Jaqueline Balduino

Como evitar que o tempo, algumas decepções, o cotidiano estressante, os casos, os descasos, sufoquem, apaguem ou roubem a intensidade de um grande amor, de uma estonteante paixão, uma imensidão de desejos que parecia inesgotável???

Será que todos os amores estão fadados a esvair-se ou esgotar-se com a crueldade do tempo?

Há formulas, receitas ou jeito de evitar que isso aconteça?

É necessário muito dinheiro para bancar refeições, passeios, viagens, presentes, para manter-se a durabilidade de um relacionamento?

É necessário poemas, carinho, palavras para acalentar as almas e há que soprar-se todos os dias para manter acesa tal chama?

É preciso alienação para evitar que influências externas contaminem a fonte amorosa que deveria apenas jorrar elogios, carinho, carícias? E seria real um amor assim: alheio a tudo e a todos, cujo objetivo único e egoista é sua auto-preservação?

Tudo que norteia um grande amor tem que ser confuso, incerto e provocar tantos questionamentos?

O amor não deveria ser simples? Confiança, vontade, cumplicidade, muita cumplicidade e ... vamos “compreendendo a marcha e tocando em frente?”

Praticar o amor é mais simples do que refletir sobre ele, ou deveria ser.

O poeta já disse que quem começa a rotular, quantificar, qualificar e filosofar sobre o amor é porque deixou de amar. Será mesmo? O amor então é essa coisa desenfreada que nos atropela e não temos sequer o direito de questionar se o atropelamento compensa ou não? Bem, se paira no ar esse “não” é porque já não se ama tanto assim, caso contrário ele nem seria cogitado.

Pobre leitor, se espera que no desfecho deste texto se lhe respondam todas essas questões descobrirá apenas que uma alma ainda mais pobre que a dele anda por aí cheia de dúvidas em relação ao amor!!!!:-( Sorry.

Jack Balduino
Enviado por Jack Balduino em 03/11/2006
Código do texto: T281171