DÁ-ME...
Dá-me o teu braço para que segure o meu
Dá-me o teu peito para que possa adormecer
Beija-me os lábios para que não deixe de viver
Cura as feridas de um coração que não morreu
Dá-me a palavra que corresponde ao teu olhar
Dá-me o silêncio patrono da despedida
Nunca te sintas pela minha alma perseguida
Porque no partir há a esperança do voltar
Não olhes para trás na hora da retirada
Caminha firme de cabeça levantada
Leva nas mãos o cheiro que te deixei
Dá-me o privilégio de te ver em silhueta
Recordar-te-ei em forma de violeta
E o brilho nos olhos que dos teus herdei.