A dor da perda

Hoje recebi uma notícia que me abalou muito e me fez pensar em várias coisas. Minha amiga postou que perdeu o primo de uma forma terrível. Eu não conhecia o primo dela, mas me doeu profundamente como se eu o tivesse conhecido. A dor da minha amiga foi transferida a mim de tal forma que senti meu coração se apertar só em pensar em como ela está se sentindo nesse momento difícil.

Isso tudo me fez pensar em como em um dia estamos bem e de repente nos sentimos sufocados, encurralados, desesperados pela perda de alguém. É como se estivéssemos sem saída, procurando ajuda por todos os lados e mesmo com várias pessoas se solidarizando com a nossa dor, ela não passasse. As palavras nos confortam, é sempre bom saber que há pessoas que estão dispostas a nos consolar, a nos estender a mão… Por um lado, nos sentimos tranquilizados, mas por outro, é assustador. Principalmente quando a noite chega… Parece que um vento frio rouba nosso ar e voltamos à posição fetal… Nos encolhemos esperando a dor passar, mas nada adianta…

Somente o tempo pode amenizar a dor… Sim, amenizar… Porque curar, é quase impossível… Os anos podem passar, estaremos bem por fora, mas a dor permanecerá lá, adormecida, mas ainda lá dentro… Pois a dor da perda nos acompanha até que finde a nossa vida… É triste, mas é a realidade. Ninguém substitui o outro, quando ele se vai, fica um vazio que não poderá ser preenchido. Mas a nossa vida segue em frente. A certeza que temos é que um dia essa realidade também chegará para nós e, aí sim, toda dor terá fim…

Nãna Boehm
Enviado por Nãna Boehm em 12/03/2011
Código do texto: T2842662
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