Esperança destruidora das possiveis desistências .

Entre veias e artérias, passeia o sangue que sustenta

Entre órgãos e válvulas, o mesmo sangue que incomoda

Dentre nervos e neurônios a resposta que se atrasa

Paralisa a paralisia, paralisante que parou

Para todos os efeitos parâmetros suspensos

Pararaios que protegem a luz que me carrega

Natureza desnaturalizada devido à dor que dominou

Cabeça persistente em recuperar o que perdi

Passos que animam meu redor.

Divertir sem diversão

Entreter a dispersão

Aviso aos submersos

A vida não morreu

O poeta não rendeu o poeta não esquece a solidão

Solitarismo social, socialismo pessoal.

Contrários a favor favorecendo o contrariar

O dizimo brutal de um mecanismo irracional

Otários sem rancor apodrecendo o meu pensar .

Desviado pelo ânsia , decomposto e sem saída

Afundado na inércia se enojando pela vida

Lunático de razão extrema , vê o fim na salvação

Terão eles algum esquema pra desviar da dispersão ?

Sei lá o que sei bem , sei bem que sei demais

Saber o que não se pode , é querer poder o que não se quer .

Perder , perdendo o perdão , amar e resmungar uma canção

Não vejo mais a luz , que cega todo dia o mal que me persegui .

E a Esperança só destrói qualquer possibilidade de desistir.

Humberto Flores Camargo
Enviado por Humberto Flores Camargo em 14/03/2011
Código do texto: T2848171
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