SOU..., AINDA!

Há pouco instante me veio essa vontade, que muitos chamam de inspiração, todavia, meu entusiasmo para escrever não chegou, ainda, ao ponto da inspiração, esse fenômeno têm os escritores, sábios e conhecedores dos rumos e ramos da grande arte que é escrever. quanto a mim, eu, me atrevo às incursões pelos labirintos da intuição, encantada, não raro me perco nos becos da ousadia.

Assim, e por suposto, sempre quando se apresenta este comichão mental, meus pensamentos se alvoroçam tal qual os pensamentos de jovem rebelde – É quando também trago à lembrança as lições de cara Professora, “Ao se predisporem à escrita, escrevam, porém distanciem-se de si, usem a impessoalidade...” -, Trem custoso, sô! Como bem diz, dito popular goiano, em tono regional que lhe caracteriza.

É com quase total certeza, que tal dificuldade se dê em razão de apegos, que incisivamente obstam o distanciamento necessário para a execução de uma grande obra literária.

Contudo, creio que os embates da vida, e, por conseguinte os acontecimentos diários sejam coletivos ou particulares, favorecem indubitavelmente grandes oportunidades que potencializam belas historias, e profundas reflexões!

Ainda sem conseguir o afastamento necessário e atendendo ao estímulo – a que chamo ora vontade ora comichão mental é que me sirvo das pancadas da vida, da minha própria, como fontes inspiradoras e saio escrevinhando – Cá com os meus botões, no mínimo, o lucro da diminuição dos erros gramaticais.

Mas, e em se falando em pancada..., literalmente, uma semana atrás cai de boca... De boca em pleno calçamento, mais precisamente no meio de uma avenida... O espetáculo incluiu a posição de quatro, a de comer terra com a boca, sabe? – o que de fato ocorreu – Mas, a coisa é completa, se lhe faltar algo? Então essa exibição que protagonize foi num todo completa pois houve inclusive a exposição de calcinhas, assim foi, algo escandaloso, algumas pessoas achariam hilário e certamente muitos diriam que teria sido cômico... Se..., todavia, o sangue me escorreu pelo rosto mesclando-se com minhas dores, lágrimas e vergonha... Dantesco, isso sim é o que foi, acreditem-me! Além de todas as machucaduras, não faltaram-me os galhofeiros: - havia gente na rua? Pergunto por que toda queda é muito engraçada!

Como não concordar...,

Felizmente a crisálida da ignorância um dia se rompe,

Daí esse relato!

Entretanto, em realidade nossas quedas nos expõem aos risos, os machucados nos volvem por certo tempo, repugnantes,

àquelas que nos machucam o físico nos fazem experimentar dores atrozes, suscitam ao retraimento e a análise dos porquês – Se tropeço, ou se escorregão não sei...

Mas, o certo é que, a cada casquinha que se desprende das feridas no processo de cicatrização, não obstante, e se acaso, uma e outra marca teima em permanecer, nos possibilita a convicção de que a vida se refaz - E o que é passado, passado é!

Ao longo superadas as dores, conseqüentemente, vão sendo relevados os risos, quando alguns motivam também gargalhadas.

Por fim, porém se voltando ao inicio, e à recordação de minha querida Professora Regina, para mim, tão difícil quanto o apartamento de si próprio para bem se escrever, é perceber as Divinas razões de cada acontecimento..., certamente, porque, como já fora dito – "Sou humano de mais" para compreendê-las, ainda!

Cláudia Célia Lima do Nascimento
Enviado por Cláudia Célia Lima do Nascimento em 22/03/2011
Reeditado em 24/03/2011
Código do texto: T2864069
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