DÚVIDA...

Se a tua dúvida incide sobre a forma

Esquecendo que existe um conteúdo

Não vale a pena enfeitares-te com veludo

A vulgaridade será sempre a tua norma

Se chamada a depor te pões em fuga

Com receio de um apelo à tua alma

Nunca mais na tua vida terás calma

E a lágrima que te escorre não enxuga

Mede o pulsar que te agita o coração

Afasta de ti o conceito solidão

Enfrenta os traumas com toda a singeleza

Se alguém ousar fazer frente ao teu olhar

Responde forte sem o teu rosto adulterar

Dúvidas que sintas esmaga-as sobre a mesa

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 26/03/2011
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