NÃO ME FALEM EM SENSATEZ...
MODERAÇÃO…
Grita o arauto dos bons costumes
Mas qual moderação?
A que me cerceia o ímpeto
Ao afirmar quanto vale um amor?
De dizer que amo muito mais
Do que a voz consegue expressar?
Não me falem em sensatez
Não permitam a vitória do talvez
Ninguém ouse vacilar
Em nome do passado
Da segurança
Da susceptibilidade ferida…
Ama-se… diz-se…
Grita-se… proclama-se…
Abafem-se as blasfémias
Dos detractores
Arranque-se pela raiz
O faz de conta
O sentimento envergonhado
O marialvismo encapuçado
A inverdade dos factos
As reticências…
Não me falem em sensatez
Porque então
Eu sou insensato.