Escura perversidade dentro de mim

Perturbada com a falsificação de minha identidade ingênua.

Me aprofundei em sentimentos vindos de baixo e desmascarei um lado obscuro e perverso que, até então, era somente um álibi para algumas emoções mais fortes. Não uma parte de mim.

Aqui vão os pensamentos que me ocorreram nesse momento:

Me despurifiquei e descobri que eu sou a pessoa que confunde, morde e deixa as presas à mercê do destino.

Não há remédio que cure uma face má.

Eu sou aquilo que você teme quando tem um pesadelo,

mas estou presente no seu mais lindo sonho.

Eu quero perturbar o anjo que ainda não caiu do céu.

E espero abusar daqueles que gritam por nada.

Sossego com um sussurro de terror ao pé do ouvido,

mas mato quem vier gritar sobre sonhos belos.

Eu não quero causar. Eu não quero brilhar na multidão.

Eu quero me esconder nas sombras dela e maltratar os descuidados.

Eu quero fazer sangrar a felicidade mal conquistada,

E deixar viver a tristeza merecida.

Sou o frenesi por romances impossíveis.

E a morte dos concretos.

Eu quero que o dia acabe em noite.

E que a noite não acabe.

Mas essa parte de mim não pode se expor muito.

Ela se assassinaria e sugaria seu próprio sangue.

Por isso deixo-a se manifestar nesse texto

De onde ela não deve

(eu não posso deixar!)

Sair.

Talita Tonso
Enviado por Talita Tonso em 03/04/2011
Código do texto: T2888111
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.