Sabe por que eu escolhi ser psicóloga?

Muitas pessoas escolhem psicologia para tentar resolver seus próprios problemas, mas não eu. Sabia desde o início que nenhum problema meu se resolveria através de uma analise pessoal de mim pra mim mesma e que o domínio das técnicas psicológicas só me faria sentir pior e mais impotente contra o que me aflige. Escolhi psicologia porque me sinto tão mal andando sob minha pele que não desejo que ninguém mais se sinta assim, desejo ajudar as pessoas a se sentirem bem com sigo mesmas. Desejos sorrisos da alma invés das lagrimas, aceitação contra a jubilação de si mesmo, força e bravura em lugar a covardia.

Eu sou covarde ao extremo, deixo coisas que eu tenho que fazer dominarem as que quero fazer. E assim passam todas as etapas importantes para as quais eu não liguei, elas farão falta no conjunto de ser humano, de adulto formado, mas ninguém nunca ligou para minhas reivindicações, nem eu mesma; virei as costas a tudo que meu superego achava inútil e sufoquei o que de natural havia em mim, sobrou apenas o desprezo pela figura resultante.

Sinto que faltam etapas e que o meu caminho sem essas barreiras puladas se faz diferente do normal. Sei que o que vem por aí é tão inóspito, feio, sombrio que nem mesmo eu quero estar lá para ver. Quando uma natureza é tão represada se torna hostil e perigosa quando um dia escapa vemos a loucura estampada no ser.

Estarei feliz se algum dia tiver a capacidade de evitar que isto aconteça a outros. Pois já posso reconhecer em mim, assim ainda tão jovem, os traços da energia que em mim pulsa e que sigo a ignorar.