Os Ponteiros
Tem dia que só passar para as horas não basta – toda a vagarosidade de uma empanzinada barata.
Tem dia que o sádico arrastar dos ponteiros ri – você acha que apenas são dez e quinze.
Pobre vítima da puerilidade do relógio...
Depois dá onze e onze e o portal se abre, porém, continua tão intransponível quanto o domo dá má sorte.
E novamente são as três da manhã Dudaibertianas: sem sono e sem sexo.
E quando finalmente se resvala ao sono, acorda-se dentro de um pesadelo kafkiano - mais 24 horas de borrifadas do inseticida denominado Vida.
15/04/2011 – 08h30m