Neologismos necessários

Que cessem os ventos e aquietem os mares. Não quero mais saber de pieguices e superfluidades.

Quero me morrer no desconhecimento de silvos intragavelmente novos.

E me acabar em viver os conhecimentos irrespiratórios do velho que já é fachada.

Eu espero virar luz cegante aos olhos virgens dos meu amores.

É.. Eu queria ser incontrolada e viver mais que desventuras,

Eu queria fazer o chão andar pra que eu ficasse debaixo dele parada!

Eles não sucumbem mais aos verbereios de uma insalivada boca.

Mas eu? Ah, eu cuspi na nuca do anjo que queria me calar!

Claro que pedi umas coradas desculpas depois.

Mas ele entendeu.

E eu, imaginariamente, gesticulei um beijo aerado e desprovido de honestidade à minha imaginação.

Aqui, enquanto minhas lânguidas pálpebras imploram por descanso, despeço-me do controlável surto palavrário e lamento apenas uma coisa:

O fim.

Talita Tonso
Enviado por Talita Tonso em 18/04/2011
Reeditado em 19/04/2011
Código do texto: T2917214
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.