Me falta um cavalo branco

É estranha a vida...

... ou de repente o estranho da coisa seja eu.

Janeiro/2011

A noite se vai, vem a madrugada, eu com um torpedo seu no celular, com receio de responder, com aperto no coração por não responder, querendo responder. Na verdade querendo bem mais do que responder, na verdade é querendo você. Você por alguns momentos demonstra que quer o mesmo que eu, por outros momentos não, por momentos tenho pensamento inabalável de te conquistar de vez, penso em um plano brilhante para isso, mas o plano se dissipa em pó. É incontestável que eu gosto de você e talvez por certo ponto te amando, não é aquele amor que dizemos ser o amor da nossa vida, mas sei que é algo que facilmente poderia ser, seria apenas uma questão de reciprocidade total, por que sou apaixonado pelo tom da tua voz, por seu sotaque, por seu estilo anos 90, por seu drama, por sua melancolia, por sua risada, por seus olhos, por seus curtos cabelos pelo seu modo ao dar passos entre um salto e outro e por algumas vezes sem salto, sou apaixonado por sua forma de amar as coisas, as pessoas, por sua pose intelectual, por sua sensualidade. É estou caído por você, e você nem deve imaginar ou supor o quanto e talvez nunca saiba. Meu desejo seria ser pra você aquele cara dos contos de fadas, mas me falta um “cavalo branco” para isso.