Sem Palavras de Gentileza
Ao andar nas ruas do centro do Rio de Janeiro,
Não vi palavras de gentileza
Nas causadas,muita urina,desprezo e pobreza.
Se o profeta estivesse vivo veria um povo entristecido
Pois o jardim e a horta de suas palavras aqui viraram cinza.
Não se guiaram pela loucura de José Agradecido
É hora de pintar um novo quadro,
Uma arte sem dores e gemidos
Uma visão desdenhada ,cinzenta,manchada
Tem sido esculpido em carrara
Num mosaico de um povo esquecido
Se é loucura pregar amor
Por que não sermos louco então?
Se palavras não movem moinhos
Talvez lágrimas consigam ao caírem no chão.