Par ou ímpar (confissões de uma poetisa ingênua)

Sabe que eu sinceramente não sei

Se sou a mulher mais ingênua do mundo

Ou a mais verdadeira

Que sou apaixonada por pessoas

Todos sabem

Que amo sem esperar devoluções

Também sabem

Acho que sou uma menininha que esqueceu de crescer

E que se nega a mentir

Destesta enganações

Jogos do amor

Então!

Sempre é sincera

E paga o preço

Se a natureza se duplicasse

Exatamente igual

Encomendaria uma espécie como a minha

Mas do sexo masculino

O pior de tudo é que ele não existe!

É por isso que eu não sou par, sou ímpar