Estamos nos acostumando mal.

(Débora Acácio em 26/04/2011)

É estamos nos acostumando muito, muito mal.

Estamos nos acostumando a viver sem afeto.. a ficar cada dia mais distante mais ausente do nosso querente... do nosso ser aquele um dia tão aderente.

Por que será? fico com meu botões aqui no meu pobre e vã vagar e me perguntar.

Mas a certeza é que.

Estamos sim

Nos acostumando e muito mal com a violência dentro e fora de nossos lares

Ao ponto de nossos lares se transformarem em verdadeiros esquemas de segurança.

Em nossas janelas o sol não fica mais listrado por uma questão de opção pois grades é o que mais vemos nas cidades afora e muito mais, cidade adentro.

Nos acostumamos mal a casar e esquecer da eterna e tão terna arte de namorar...quando é o namoro que sustenta toda e qualquer relação.. é o namoro que arrepia a alma quando ouvimos a voz do nosso(a) amado(a), que faz as pernas tremerem, que faz os poetas mais e mais se inspirarem e os romanticos mais e mais se apaixonarem. É o namoro que faz a cumplicidade , a amizade aumentar < quanto assim tem que acontecer e permanecer, claro ! >

Nos acostumamos mal a ter nossos filhos e deixar de ser crianças junto com eles, a seriedade, a pressa, a tirania do nosso dia a dia é uma grande e cruel vilã que come por dentro nosso bom humor, aquela vontade de chegar em casa e desligar a tv pegar nosso bb no colo jogar para cima e esquecer o resto do mundo. Que como ferrugem corrói a vontade de assistir desenho animado, ou filme de comédia romantica só para ter o prazer de colocar a cabeça no colo do outro e fazer um cafuné..

Ahh cafuné.. aprendi com minha vózinha, e nos acostumamos tão mal que nem namorados hoje sabem mais o prazer, o orgasmo visceral não o fisico, mas o gozo do espirito mesmo que nos causa na alma quando estamos em pleno por do sol sentindo o arrepiozinho que só o cafuné do amor nos causa.

Mas o mal costume nos roubou!

Nos roubou a criatividade de fazer amor diferente, de dizer que ama de outra forma, com gestos, com dengos, com mimos principalmente fora das epocas comercias e dos aniversários... de surpresa!!

Ahh surpresa e que ma ra vi lha ... aquele de repente ! que só sente que tem a sorte a supremacia de ser o consorte e de cair nas graças de um doido, de um louco apaixonado ou doida ! Mas o mal costume nos roubou também o dom da continuidade e da arte de saber deixar alguém nos amar querendo agente ser amado ou não.

O mal costume, a preguiça, o medo, a acomodação... a mesmice não sei só que até nesses ultimos ponto nos acostumamos mal.

O mal costume é tão grande que salvem as exceções pouco oramos, pouco contemplamos, pouco observamos, pouco silenciamos e pouco agradecemos

Débora Acácio
Enviado por Débora Acácio em 26/04/2011
Reeditado em 26/04/2011
Código do texto: T2931926
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