PRISIONEIRO...
Soa uma trombeta imaginária
A anunciar o crepúsculo
A aves que se recolham
Os mares que se acalmem
Os suspiros que se sustenham
Que fique a respiração
Ofegante
Aritmeticamente pausada
Testemunha
Cúmplice
Confidente no silêncio
Prisioneiro…
Os motores do meu corpo
Entram em pausa profunda
Resta o êxtase
Como luz de presença
Todo o meu horizonte
É natureza
Ao longe
Muito ao longe
Cores de vida
Paladares visuais de encanto
Quadro de pintor
Aguarela surrealista
Devaneio
Cai a noite
Os taipais descem
Como pano em peça de teatro
Almas rejuvenescidas
Prisioneiro fui
Prisioneiro estive
Por momentos.