PRISIONEIRO...

Soa uma trombeta imaginária

A anunciar o crepúsculo

A aves que se recolham

Os mares que se acalmem

Os suspiros que se sustenham

Que fique a respiração

Ofegante

Aritmeticamente pausada

Testemunha

Cúmplice

Confidente no silêncio

Prisioneiro…

Os motores do meu corpo

Entram em pausa profunda

Resta o êxtase

Como luz de presença

Todo o meu horizonte

É natureza

Ao longe

Muito ao longe

Cores de vida

Paladares visuais de encanto

Quadro de pintor

Aguarela surrealista

Devaneio

Cai a noite

Os taipais descem

Como pano em peça de teatro

Almas rejuvenescidas

Prisioneiro fui

Prisioneiro estive

Por momentos.

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 26/04/2011
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