O TEU CANTO...

Quisera eu adormecer com o teu canto

Bela sereia que me embalas docemente

Da tua boca saem sons eternamente

Que bastas vezes se confundem com meu pranto

Voz de cristal que segregas o meu ser

Com cheiro a campo bordado a rosmaninho

Sobre lençóis suaves como arminho

Canto hipnótico que não posso descrever

Baladas imortais almofadam os sentidos

Ouço-te inerte de braços descaídos

Cobres-me com a doçura do teu manto

Quando sentes o meu olhar entristecido

E o coração de pulsar já combalido

Sabes que adormeci com o teu canto.

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 26/04/2011
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