O TEU CANTO...
Quisera eu adormecer com o teu canto
Bela sereia que me embalas docemente
Da tua boca saem sons eternamente
Que bastas vezes se confundem com meu pranto
Voz de cristal que segregas o meu ser
Com cheiro a campo bordado a rosmaninho
Sobre lençóis suaves como arminho
Canto hipnótico que não posso descrever
Baladas imortais almofadam os sentidos
Ouço-te inerte de braços descaídos
Cobres-me com a doçura do teu manto
Quando sentes o meu olhar entristecido
E o coração de pulsar já combalido
Sabes que adormeci com o teu canto.