A DOR...

A dor que sinto, amor, bate-me ao peito

Como bigorna se abate sobre o metal

Não sei se corra e me refugie no areal

Ou se vá aconchegar-me no teu leito

Horas vividas com tanta intensidade

Como vento que passa sem se ver

A dor cá dentro não pára de crescer

Que chega a ameaçar-me a sanidade

É sensação que o corpo nunca sente

Pois é na alma que ela toca a gente

Amortecendo a vida que nos chama

Abre a porta e vê-me nas entranhas

Encontrarás, então, coisas tamanhas

Que tanta dor por meu sangue derrama

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 29/04/2011
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