A DOR...
A dor que sinto, amor, bate-me ao peito
Como bigorna se abate sobre o metal
Não sei se corra e me refugie no areal
Ou se vá aconchegar-me no teu leito
Horas vividas com tanta intensidade
Como vento que passa sem se ver
A dor cá dentro não pára de crescer
Que chega a ameaçar-me a sanidade
É sensação que o corpo nunca sente
Pois é na alma que ela toca a gente
Amortecendo a vida que nos chama
Abre a porta e vê-me nas entranhas
Encontrarás, então, coisas tamanhas
Que tanta dor por meu sangue derrama