PERDIDOS...
Perdidos na noite de um dia sem fim
Confusos no espaço que nos é concedido
Audazes na forma de um desejo atrevido
Críticos da vida, felizes assim
Perdidos na sombra de qualquer arbusto
Testemunha muda de ignóbil pavor
Com medo de jurar que aquilo era amor
Em cada olhar se tremia de susto
Palavras guardadas são palavras mortas
São mãos sem coragem para bater às portas
Olhos fechados mais duros do que um muro
Dormindo acordados trancamos a alma
Olhamos para dentro não vemos vivalma
É como vivermos toda a vida no escuro