desatinos

O que pulsa dentro de mim não é o sangue que mapeia meu corpo , nem as veias que interligam esse sangue , o que pulsa são os sonhos intercalados e ausentes calados na boca do coração. O que pulsa é o que sou, o que mapeia é o que sinto . O que me exprime são meus sus piros e os gemidos sofridos ao longo do tempo. O que me pulsa não é simplesmente o desejo vão de desejos mas o anseio contaminado de minhas esperanças. A minha aspiração não é de desalinhado mas de atualisados longos escorregões do ser. Meus ais são todos conhecidos e por insanos são descompassados , sonho como uma princesa ansiosa por um castelo , talvez de estrelas , quem sabe de sucessos, gotejo suspiros , amo o impossível , esse amado companheiro que são o mais profundo do ser a porta do improvável , fiel dos meus pedidos em súplicas de dor onde incontáveis vezes exclamei: Ah, meu Deus pobre infímos tais. A morte , certa em nossa vida deve estar indagando a si mesma : -E aí , menina não desistirás? mas o que é o desejo da alma senão buscar o que mais impossível se nos fará.

Pobres de meus ais , pegos em nobres surpresas de meditações , quando se fará ou se efetuará assim como pensei. E nos mais profundos silêncios , lá onde só você escuta o que tens a dizer , há uma voz de esperanças que se renovam como águias ; e tudo volta. ONDE ESTARÁ O MEU ESTATUTO DE VITÓRIA. Não é para os fracos a vitória , são para os detemidos em querer e continuar querendo até o infinito ter , não é para os frouxos e nem para os tolos as ações de otimismo e de perseverança , sendo assim ; o impossível é possível na luz do entendimento e na vontade da fé . Quero , simplesmente quero , almejo , não o alcanço mas o acompanho nas asas do que posso fazer , acompanhá-lo em secreto na luz de Deus , nas intermináveis orações do que ainda não foi, ainda não vivi e ainda não encontrei . Por tudo que almejo e está dentro e não além de meus intentos , quando os não lamento , ou quando os abandono , estamos todos lá , na voz do meu sorriso , na angústia de meus sonhos , na solidão de meus cataclismos . Acompanham-me as dores de parturiente porque esse é um parto que ainda não gerei , mas é solícito e recorrente , onze anos de labuta e insistência para fazer com que o intocável seja penetrado ; o seu coração em surdez que ainda não entendeu que somos uma vírgula na história e ainda não tivemos a escrita da convivência e nem o ponto final da ausência sentida da morte.

Sinto muito em dizer-te , que , por mais que me escapes a força impulsiva do meu ser em constante oração sempre me levarão para ti. Livrar-te de mim? Ah! Jesus não permite porque eu sou a extensão de teu ser , a consequência biológica de tua vida desgrenhada , nunca despejei o intrínseco sentimento por ti , mas tu sabes que também nunca decidi deixar de ser o que sou :TUA PRIMOGÊNITA.

E esse direito benigno e apontado nos céus é o meu céu de abrangência , o meu eu de possibilidades , a minha vida em delírios e também alguns momentos de insatisfação. Do meu dia fazes parte porque até em TPM quando tudo é mais sensível , meus olhos por ti velam como a velar por um natimorto absorto em suas próprias vaidades .

Parabéns tu és sempre presente e jamais o deixará de ser até que o meu Deus efetue o milagre de ter minha família congratulando com a tua .

NO DIA DAS MÃES ME LEMBREI DE VOCÊ . PAI.