DEBAIXO DA TUA CAPA...
Debaixo da tua capa fui mondar
Pensando fugir a pragas e calores
Sem te ver afaguei todas as dores
Ficou o cheiro do tecido a praguejar
Passei horas naquele campo de trigo
Tendo como companheiro agreste chão
Toquei na capa como se fosse a tua mão
Forma abstracta de me encontrar contigo
O suor escorria-me pelo rosto
A intensidade era pior que fogo posto
Tentando pôr à prova a minha dimensão
Larguei a capa no final da jornada
Corri célere antes que chegasse a alvorada
Para decidir escolher o coração