O MEU "EU"!...  De
: Silvino Potencio
(extraído do Livro de Poemas de Angola: "EU, O PENSAMENTO, A RIMA"!!!!)
Assim... começam os meus “eu”  no singular proposital, qual cão rafeiro guardião de sentimentos de amor unipessoal e colectivo por opção e galhardia!...
 
Eu sou!?...
Eu sou aquilo que sou,
E não aquele que querem que eu seja!
Não me importa o ângulo por onde me veja...
Foi Deus que disse; assim seja.

Eu sou aquilo que sou,
Aquilo que ninguém me fez ser...
Eu sou aquilo que sou e serei até morrer!
Foi Deus que disse; é este o Meu Querer.

Não quero ser outro qualquer,
Nem me façam ser de outro jeito...
Porque eu sou assim cá dentro do peito!
Foi Deus que disse; está feito.

Na alma e no coração...
Eu sou aquilo que eu sou,
- E disso eu não abro mão, e está encerrada a questão!
Foi Deus que disse; é este o teu condão.

Eu sou aquilo que eu sou,
Enquanto o meu ser me sustenta,
Este corpo de cor incolor quase isenta...
Foi Deus que disse; quando me deu água benta.


Transparente a todos vós,
Trago genes dos meus avós,
Que já passei aos meus filhos,
Foi Deus que disse; aqui tens os teus cadilhos.

- Iguais serão os meus Netos!
Que vão em busca dos trilhos,
Que vivem o seu teorema,
A quem deixo este poema,
E... em herança dos meus afetos.


Eu sou aquilo que sou...
E não aquilo que fui, nem aquilo que eu quis ser.
Já esqueci o passado... sou só eu aqui ao meu lado!
Foi Deus que me fez assim moldado.

 
Eu!!!... Olhai... eis-me  aqui no início!
De mim mesmo, enfim! ... Em suma, estou eu no começo dos começos dos meus muitos “eus” – personagens anônimos que nascem e crescem e finalmente todos os meus “eus” somem na aventura de os divulgar, de os expôr ao vento norte, enquanto posso escrever estas minhas poesias!... 
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A definição deste meu “eu” como ser humano, é algo imensurável, como a imensidão branca que me precede!...
-Isto é, a menos que nisso se incluam todas as minhas idéias, idas ou ainda por vir,...a menos que na análise do leitor seja possível entender a minha formatação pessoal de auto-didacta esculpida ao longo destas dezenas de anos que me precedem, e... claro!, sobremaneira a menos que me estudem de perto, pessoalmente e nestes versos que vos deixo, enquanto o corpo mantiver os espírito da matéria da qual foi formado este meu “eu” como ser humano!
Ou seja; o corpo racional (às vezes irracionalmente, auto incompreensível... às vezes um tanto cândidamente aceito pelos seres que me circundam, na vida terrena,... não na minha produção extraída do conhecimento não sensorial pensante que Deus me deu, ainda que tantas vezes me sinta tão ateísta quanto qualquer um descrente de si mesmo!...).

O “eu” que todos me conhecem, ou supostamente pensam em conhecer-mo,... ele se situa algures no universo dos meus pensamentos, os quais nunca jamais conseguirei traduzir por inteiro total e absoluto, nem por mais milhões de palavras escritas, que vos possa deixar antever aqui nestes poemas, as quais sejam legíveis em forma compreensível interpretativa aos demais leitores passageiros desta nave chamada “Terra da Lusofonia Literária e cultural”.

E assim, começam os meus “eus”... os muitos “eus”, todos aqueles que são só meus!,... que só eu consigo imaginar existirem algures dentro e fora do meu “eu”!!!... consentâneamente, de forma constante, em conluio com as minhas verdades e as minhas mentiras, aqui registradas em arremedos de felicidades imaginadas!...
(continua)
Silvino Potencio
Emigrante Transmontano em Natal/Brasil
www.silvinopotencio.net

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http://osgambuzinos.blog.com
http://osnizcaros.blog.pt
Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 24/05/2011
Reeditado em 26/10/2013
Código do texto: T2990251
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