COISAS DA VIDA... E ASSIM AMÉM!

Tenho refletido sobre a vida, as pessoas que passaram por ela, por minha vida, por nossa vida, pela vida que foi nossa, por aquela que gostaríamos de ter; por tudo que eu fiz e o que nunca deveria ter feito.

Coisas que ainda não consegui entender, pois o trauma foi tamanho que me tirou o fôlego de querer ver a verdade nas pessoas.

Quê coisa ruim é não acreditar mais nas pessoas!

Sinto-me regredindo, saindo da civilidade para a selvageria, e o pior de tudo, é que não fiz essa escolha perversa, ela me foi imposta por uma força tirana, impiedosa e sem misericórdia.

Por mais que as pessoas tentem falar mansamente, sorrir com brilhos nos olhos, beijar-te ardentemente e, abraçar-te como se o tempo parasse... Elas não estão isentas de, a qualquer tempo, decepcionar-te, e jogar ao vento tudo que antes fora importante para ti.

E ai é o teu equilíbrio emocional que vai mostrar o sentido do caminho que irás percorrer...

Chamo de “equilíbrio emocional” ao conjunto das faculdades mentais, perceptíveis e imperceptíveis, sensoriais, concepções morais e até religiosas...

Não é por menos que o encanto acaba quando o sensível desaparece...

O sorriso perde o brilho quando a verdade deixa de existir...

Errantes, caminhamos, muitas vezes, sem trajetória definida, apenas para nos livrarmos de um tormento chamado TEMPO (o relógio) que passa por nós ditando regras a serem seguidas sem a preocupação se estamos sendo felizes, neste caso, prevaleço o gerúndio, a não correr o risco de fazer afirmações “fundamentalistas”.

Mas a vida é algo tão belo, tão maravilhoso que não precisamos pensá-la tristemente, pelo contrário, precisamos abstrair a tristeza que passa por ela, para que nos seja gerada uma nova chance de retornarmos à vida.

A caminhada enfim segue, à risca, às claras, às escuras, a toda prova – real ou imaginária- a toda circunstância construída ou inventada...

A toda vontade de viver...

Decerto, alguém poderá está pensando: ”agora eu estou livre! Já esqueci todo o meu passado!” fomentando pensamentos dos mais desprezíveis de ternura e de afeto, imaginem de razão e coerência...

Coitado (a) “ele (a) não sabe o que fez”...

A vida nos ensina que temos que perdoar as pessoas. Os ensinamentos bíblicos ratificam essa prática dizendo que devemos perdoar... Sempre!

Esses princípios norteadores da vida devem fazer parte de uma prática VERDADEIRA, que nem sempre se torna possível, pois muitas vezes, já ouvimos até falar em PERDÃO, mas a sua semente, nem sempre, consegue germinar dentro de nós.

Provavelmente, por possuirmos uma terra mal arada, sem água e sem humos... Sem ternura, sem afeto, sem perdão, sem verdade.

Uma terra que muitas vezes Deus passa a existir apenas nos discursos e nas orações – no mundo das idéias estanques – no nosso consciente hipocrisado, nas vezes quando queremos parecer religioso a outros olhos...

Mas o capitalismo está ai, vendendo “tudo” que o “homem” precisa inclusive o perdão e a salvação, como no Medievo do século XIV, não é interessante!

O capitalismo já encontrou uma forma de você perdoar seu irmão, seu próximo e até o seu distante, aquele que você aprendeu a não conhecer e até a não perdoar... Isto é fantástico!

Pois bem! Vivemos a díade das farsas...

Pregamos misericórdia e vivemos intransigência...

Pregamos o combate à fome e jogamos a comida fora (para o lixo)...

Pregamos o amor e estamos sempre em guerra com algo ou alguém, muitas vezes sem nenhuma RAZÃO de existir.

É loucura viver assim, mas tudo isso é real, são coisas da vida, e concordando ou não, somos culpados por isso; por muitas vezes alimentarmos fragilidades na ESTRUTURA DA NOSSA VERDADE e fortalecermos o ilusionismo nas nossas ações, tornando-nos permeáveis à insensatez.

Que assim NÃO seja... Amém.

Luiz Carlos Serpa
Enviado por Luiz Carlos Serpa em 11/06/2011
Reeditado em 11/06/2011
Código do texto: T3027394
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.