Castelo de Areia

A vida é como um castelinho de areia. Se observarmos além do que os olhos podem ver, notaremos que é frágil e a qualquer momento podemos ser vítimas do que é natural e não percebemos. Quando um castelo de areia é “construído”, ele é feito de grão em grão, de montinho em montinho, ainda que pequenos e escorregadios entre as mãos.

Construímos a base, subimos as “paredes”, fazemos o acabamento e terminamos correndo para o mar. Assim, é o que fazemos com as nossas vidas, planos, sonhos, ideais, trabalho e relacionamentos.

Planejamos uma vida inteira assim como levantamos as “paredes” do nosso castelo de areia. Criamos o acabamento como criamos o sonho, só que há uma diferença: corremos para o mar para lavar a fantasia e, na vida, corremos dos sonhos, dos planos e das metas quando abatidos por uma onda. Às vezes pelo acaso ou pelo próprio desânimo diante de escolhas ou renúncias, nos transformamos na própria onda que arrasta o que vier. Ao invés de erguer uma torre, deixamos desmanchar.

Desacreditamos da capacidade e nos desencorajamos do que realmente é possível e do que somos capazes de realizar em uma vida.

Assim como erguemos um castelo e as ondas o invadem, recomeçamos pela base, pela areia seca e esfarelada levando tudo na brincadeira. Devemos encarar o que queremos da vida como o topo da torre. E quando uma onda lhe derrubar, este topo continuará firme, pois sua base estará sólida, viva e concreta dentro de você.

Talita Palmieri
Enviado por Talita Palmieri em 28/11/2006
Reeditado em 10/07/2013
Código do texto: T304198
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