Crescer na singularidade

A malandragem do corpo nos decepciona em vários momentos da vida, queremos ser durão e, no final das contas, apenas somos preconceituosos conosco e fingimos ser algo diferente, só para justificar um traço social. O fingimento destrói a dignidade própria para, simplesmente, forjar uma dignidade contemplada por outrem. Expor as emoções é coisa de fraco. Fracos de mente vazia pensam que o importante é ser igual, sem levar em consideração as diferenças e os gostos alheios.

Eu preciso crescer e me desenvolver, mas, no máximo terei alguém apenas como mentor e assolador das singularidades a vislumbrar. Para isso, cresço pensando nos pequenos feitos de cada dia, nas pequenas coisas que o corpo pede e a mente soletra como, não apenas necessidade, muito pelo contrário, como diversidade no ato de crescer.

A saudade fala do passado que não voltará mais, porém, o presente pede mais empenho e dedicação às aceitações irrevogáveis que as mudanças prometem. Atropelar o próprio pensar em prol do aprender não é sadio, sobretudo, aprender com o pensar, com o bem raciocinar, é um bom começo a dignificar a mente sobre o lastro do conhecimento, sobre a aresta que paira entre nosso desentender e o não aprender.

Pingos de saudade me fazem observar um tempo mais fácil, meu próprio cansaço me faz pensar em facilidades, embora saiba que a dificuldade é quem me ensina. Com base nesse raciocínio vivo para crescer, ao mesmo tempo em que paro para olhar as minhas costas, perde-se o pequeno espaço de progressão, mas é com esse olhar do passado que conduzo os meus anseios frente ao futuro não seguro, ou melhor, desconhecido.

Com todos esses fragmentos de dizeres, conclui-se esse pedaço de espaço retirado da mente que, ao contrário de vários, aprendo com as formas mais complicadas, pois é dessa maneira que cresço mais rapidamente. Cada pessoa tem sua metodologia de crescimento, não busque no outro uma fotografia das suas reações, pois começará a vislumbrar seu próprio declínio. Cada pessoa é única, cada corpo pede um rendimento diferente, cada época pede reações contextuais a seu próprio dinamismo, então, cada ser humano tem suas definições e sensações. Procure-as, leve em consideração suas próprias necessidades, sem fazer tanta comparação.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 19/06/2011
Código do texto: T3044122
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