E-mail: 50% de chances de dar zica!

Tutorial interessante do Recanto das Letras: '14/02/2006 - Metade dos e-mails é mal interpretada, diz estudo (evite discussões sem sentido)', a fonte é a revista Terra Tecnologia.

Eu vivo muito isso (por isso tenho tentado conversar o menos possível por e-mail).

Agora fiquei pensando: acho que ao expormos nossas ideias por e-mail deixamos em stand-by (ou desligado) aquela coisa de nos colocarmos no lugar de quem vai ler, dificilmente relemos para nós mesmos antes de mandarmos o e-mail, usamos de uma velocidade muito maior para nos comunicarmos (inclusive ‘destemporal’, porque a leitura será a posteriori), em que a maior preocupação muitas vezes não é ser entendido, mas comunicar (e não SE comunicar), sem contar o tal tom de voz de que fala a matéria: além de não pensarmos em regular o TOM DE ESCRITA (penso que seria esse o termo mais adequado, se as pessoas passarem a usar como termo específico um dia, não esqueçam que fui eu quem usou pela primeira vez), muitas vezes o desregulamos mais ainda com excesso de exclamações, ausência de vírgulas ou pontos, MAIÚSCULAS GRITANTES, realces de mil cores em um único parágrafo, além dos sublinhados, negritos, internetês e demais ‘desferramentas’ de comunicação.

Nessas horas lembro do meu curso... da minha sagrada, onerosa, amada e muitas vezes não reconhecida profissão... Lembro também daquele textinho muito famoso, do velhinho que morreu tendo deixado um bilhete sobre os herdeiros de sua fortuna, porém sem ter pontuado nada... e de algum professor de Português que me disse algo mais ou menos assim: ‘Com a ausência de um acento Jesus poderia ter se complicado AINDA mais, pois imaginem pedir que nos AMASSEMOS uns aos outros ao invés de que nos AMÁSSEMOS’.

É, Chacrinha: às vezes, quem se comunica se complica!