GUARDO EM MIM...
Guardo em mim os silêncios que me exaltam
Contraste semelhante à vida e à morte
Se nos pensamentos não encontro melhor sorte
Mais valem, então, os ruídos que me calcam
Guardo em mim os semblantes que me acenam
Que com um sorriso me acordam e despertam
Se me chegam, me conduzem, mas não alertam
É preferível cerrar os olhos que me condenam
Olhar a estrada que nos cerca e não ver nada
É como chamar à noite uma alvorada
É caminhar pelos trilhos sem sentido
Se rejubilo com as cores de uma aguarela
Se guardo em mim memórias de uma tela
Pela vida terei de me sentir absorvido