Amor e Ódio

Certa vez, conversando com uma grande amiga, ela postou a seguinte frase na internet tirada de uma peça teatral de nome Savana Glacial, na qual não assisti.

Porém, lendo a frase, esta me chamou atenção me vindo à cabeça coisas que simplesmente acontecem no nosso dia a dia, em que essa frase vai muito além da simplicidade com que é escrita. A frase era a seguinte: “Existe uma coisa em comum entre o amor e morte, o acaso. Você não sabe onde e quando vai acontecer”. Ao ler, escrevi: “..e complementando, também nunca se sabe quando pode acabar.” Foi me dito que estava sendo trágica, mas não, digo apenas que pelo menos em alguns aspectos posso realista, e essa é a mais pura verdade.

Em um relacionamento, por exemplo, de pouco ou longos anos vividos, namorados e namoradas, ou esposos e esposas, todos tem seus momentos de alegria, de paixão de felicidade, de compartilhar as coisas boas que a vida oferece, e a dois. Mas basta que um dos dois cometa um deslize para que tudo possa desmoronar, sendo claro uma coisa mais grave que uma simples discussão....um “eu te amo” torna-se “te odeio, não te amo mais, fora da minha vida”. São coisas que machucam, e deixam cicatrizes por toda a vida.

Como é possível deixar te amar ou gostar de alguém em tão pouco tempo? Se após tudo o que acontece ainda fica aquela imenso aperto no peito querendo essa pessoa com você? Penso que isso não é tão fácil assim de esquecer, sendo que o coração nos diz o contrário do que queríamos que fosse. É, não temos controle sobre o que sentimos quando realmente gostamos de alguém.

Penso que todas essas frases ditas em uma discussão no relacionamento, são ditas nos momentos de raiva, nos rancores que estavam ali adormecidos durante todo o tempo, pelo fato de muitas vezes não terem tido aquela conversa de um ajudar o outro quando estre necessita.

Não estou generalizando isso para todos os casos, desentendimentos em relacionamentos são normais, se fosse aquela perfeição, a relação seria muito mais frágil, se vocês me entendem bem.

O que quero expor é que se for tentar comparar, quando você perde alguém muito próximo a você, e que tinha um enorme carinho por essa pessoa, fica aquele vazio no nosso coração, e aquele aperto no peito, muitas vezes pensando em quantas coisas você poderia ter falado àquela pessoa o quanto a admirávamos, e o quanto ela era importante na sua vida. Essa sensação de perda pode chegar muito perto à mesma sensação de quando num relacionamento perdemos a pessoa que realmente amamos e vemos ela seguindo em frente sua vida sem você.

O fato de comparar o amor e a morte, mesmo sendo coisas extremas, ao mesmo tempo, dor nos dois casos, acaba por ser muito semelhantes.

Rê Botelho
Enviado por Rê Botelho em 27/06/2011
Código do texto: T3060875
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