PALAVRAS...
Não me dê palavras, não me dê motivos. Minha mente gira rápido demais e se perde nas palavras, e me perdendo, não me acho, não me achando eu grito, e meu grito sai assim, como balas perdidas que entram na mente do outro confundindo tudo.
E como balas velozes difundem e levam meu pensar, revelando meu ser, deixando a alma aberta, livre e num vôo rasante, procuro a liberdade que só existe dentro de mim.
Então não me dê palavras, nem me dê motivos. Porque me solto e vou, sem limites, numa busca insana pelo impossível, numa busca pelo infinito do meu eu perdido nas palavras que gritam dentro de mim.
Não me dê palavras porque elas se tornam atos e atos a gente paga por eles... Sempre. Muitas vezes o preço é alto demais, é caro demais. Mas, mesmo assim, se me der palavras, tudo bem... Eu pago o preço por gritar o que penso.