Meus treze anos. ( Ser a mais velha)

Acordei no meio da noite por causa de um barulho estranho que vinha da cozinha, com medo peguei uma caneta ao lado da máquina de escrever e fui ver o que estava acontecendo. O barulho vinha do lado de fora da casa, havia algo batendo na porta da cozinha, fiquei com mais medo ainda, mas mesmo assim fui ver o que era...

Quando olhei pra fora pela janelinha tomei um susto muito grande, o relogio ja marcava onze horas da noite, e meu irmão do meio estava lá fora batendo de leve na porta pra não acordar meus pais...

Nossa porta sempre foi muito barulhenta, casa antiga com uma porta que devia ser mais antiga ainda sempre dava nisso.

Eu não podia abrir a porta sem fazer um barulho tremendo, como explicaria isso aos meus pais que com certeza acordariam, e seria uma noite longa ouvindo eles brigando com meu irmão. Enquanto pensava em algo para nos tirar daquela enrascada, perguntei a ele o que fazia uma hora daquela na rua, e ele me disse que estava brincando. O sítio da minha avó sempre foi o mais cheio quando se tratava de criança, e nunca tinha hora para elas irem embora.

Então passei pela janelinha uma manta pra ele que estava com frio, e decidi fazer dois lanches, os fiz bem rápido, e fiz bastante sujeira, juntei tudo num pano de prato, e então expliquei pra ele que abriria a porta mas que ele tinha de ser mto rápido e ir ao banheiro. Abri a porta e meu irmão disparou como um relâmpago para o banheiro, meu pai apareceu na cozinha muito assustado e minha mãe logo atrás, e logo foram perguntando o que eu estava fazendo, eu disse que havia feito dois lanches, e que abrira a porta para jogar no lixo a sujeira que havia feito, meu pai então abocanhou um lanche e minha mãe voltou para o quarto.

Minutos depois meu pai decidiu ir dormir, e meu irmão apareceu todo desanimado, e perguntei o que havia acontecido. E ele me disse que minha mãe foi até o banheiro e disse a ele que sabia muito bem o que estava acontecendo e que se ele fizesse isso mais uma vez ele ficaria de castigo por três meses.

Começamos a rir bem baixinho, o deixei com seu lanche e fui dormir, agradecendo por não ter sobrado pra mim também.

Cristinna Moraes
Enviado por Cristinna Moraes em 01/07/2011
Reeditado em 01/07/2011
Código do texto: T3069662
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