Da caixinha dos afetos...
Papai partiu há 35 anos e durante esses anos seu relógio esteve guardado na caixinha dos afetos. Tinha o vidro quebrado: sua máquina parou com o tempo ou terá sido pela falta do dono?
Vezenquando olhava para ele e pensava que um dia encontraria alguém para o consertar.
Há 15 dias o entreguei a um relojoeiro com a recomendação de que fosse muito cuidadoso ao manuseá-lo.
Ontem, quando fui buscá-lo, não parava de o admirar.
Ouvir o som dos ponteiros foi como ouvir o coração de papai palpitando.
Emoção indescritível!
12-07-2011