Não sou (mais) aquela Mulher.

Aquela , que escrevia cartas a aniversariantes, não sou mais eu.

Aquela, que doava seu amor sem cuidado com a reciprocidade, não vive mais aqui.

Aquela, que, indignada, oferecia toques, acordou.

Esta, que vos fala hoje, não perdeu o coração, nem perdeu a indignação.

Esta, de hoje, prefere calar, ainda que continue a amar.

Esta mulher, que sou eu, aprendeu que o silêncio também é um modo de opinar.

Zully Oney Teijeiro Pontet
Enviado por Zully Oney Teijeiro Pontet em 15/07/2011
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