De quê adianta?
Sim, foi a última vez que pude segurar tua mão, a última que podias ter segurado a minha. Mas não. Eu entendo, és assim. Não tens culpa por não me amar, não tenho escolha.
Tu fostes com um abraço rejeitoso, após tantos beijos, tantas vezes últimos. Não é justo, concordemos. Vejo-te em teu nome todos os dias, mesmo que me desconheças; tantos lábios beijados, tantas almas intocadas.
E de quê adianta meu idiota lamento, esse que nem voz tem, falando sozinho em olhares distantes, brilhos escuros perdidos em vão? De quê adianta te tocar se não posso te ter? De quê adianta chorar? De quê adianta, se te amo?