Ambiguo amor

O amor é uma força que pode matar ou ressuscitar, mas que precisa de um vaso pronto para florescer. Encontro-me angustiada por me achar indigna do amor, por questionar o quão genuínos podem ser os sentimentos de alguém que me vê de verdade, é como temer a critica ao expor sua nudez.

Tenho plena consciência de minha imperfeição, da sua do mesmo modo, mas como é pesado carregar a dualidade na alma, razão: objetiva e sem grandes esperanças e emoções: cheia de ideais e sonhos. Sinto entre teias que me paralisam, não por não amar, mas por temer lidar com tal sentimento. Me cobro compreender e estar sempre pronta e apta a responder sobre a complexidade humana, ócios da psicologia, mas me vejo tão perdida, reles mortal, por ter de admitir que não tenho todas as respostas.

Amar é, antes de tudo, confiar em um sentimento recíproco que não se mede, que não cabe em palavras, as vezes nem nos gestos, é um fogo ardente, um misto de certeza e aconchego que é inominável. Me culpo por te prender em meus braços, por te querer tão meu, egoísta te amo, te quero e te sonho, e com a mesma ânsia desejo fugir desta minha necessidade de seu calor. Quero a felicidade de amar sem comparar com coisa alguma, filmes ou ilusões, mas sempre vou temer os pensamentos que te prendem as vezes, se me compara com outros idos tempos.

Quando olha para outras me acerta uma adaga no peito, e o castelo se desmorona, e passo a temer meus planos e sonhos, como se me visse insuficiente para agradar seus olhos. E me corrôo por dentro em temor e ciúme, e te odeio naquele instante por ferir tão gravemente minha paz. Passo a pensar nos outros, em todos, em ninguém ser capaz de me fazer feliz como você e isso me mostrar que estou nos seus braços perdida e encontrada.

O amor que me faz estar com você é aquele mesmo que me motiva a mover o mundo para te fazer sorrir, mesmo que no seu mundo feliz não me caiba eu me disponho e sair dele, e depois morro por sequer cogitar te oferecer um mundo sem mim, minha alma entra em colapso por me ver perdida em sentimentos duais, em ambigüidades esquizofrênicas.

Sei que te amo, sim, com o mais adocicado sorriso que posso dar, com cada centímetro de pele, de alma, cada fagulha, cada sonho, cada tudo meu que quero dividir e multiplicar. Te amo pelo silencio que me prende em seus olhos, pela força exata com a qual aperta meu corpo desejoso, te amo por suportar minha tolice e minha loucura. Te amo por ser especial e incrível!

T Sophie
Enviado por T Sophie em 01/08/2011
Reeditado em 07/08/2011
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