A CORJA...
Anda a corja a rosnar por entre os dentes
Com risos histéricos no meio dos corredores
Agasalham-se com batinas os doutores
Onde escondem o que limpam aos utentes
Passeiam-se em carros de alta cilindrada
Exibem caras tristes e pesarosas
Atenuam medidas com as suas prosas
Quem os ouve parece que não foi nada
Apaixonantes são os seus discursos
Dirigidos a uma cambada de ursos
Que protestam leve, muito levemente
À noite todos dormem e ressonam
Sem pesadelos das misérias que abandonam
Pois só a Banca tem de seguir em frente