Gosto amargo
Longe de tudo
É onde eu preciso estar
Quando o tudo se compara ao nada
A solidão é meu maior refúgio
Você não precisava ter sido tão estúpido
Nunca senti tanto desprezo
Desconsideravelmente
No meu peito um punhal se cravou
E ele mesmo assim não sangrou
Meus olhos secaram todas as lágrimas
Minhas mãos estão frias
Meus pés descalsos sofrem com as pedras deste chão
Eu respiro sem merecer
Meu corpo desmorona
Da minha boca não saem palavras
Por que nela há apenas o veneno dos teus beijos
O que você acredita que existe
Por trás desses meus olhos verdes
Tire um pouco do mel que há nos seus
Tente adoçar sua vida amarga
Estou rastejando mas não de volta à sua cova
Ao menos eu poderei limpar essa lama
Já você, enterrado nos seus sonhos insanos
Jamais despertará.
Minha alma é sombria
Mas e onde está a sua?
Consigo ver os raios do sol
Poderei voltar para casa
E você?