ABSTRATO
Ousara eu morrer nesta aventura
E na noite não beberia o desespero
Calado e Mudo. Estrangulado e frio
Amanhã escreverei de novo a tua ausência.
Pudera eu cobrir de chuva os teus cabelos
E do tempo me restaria somente
A vontade de ressuscitar o sol
Agora que as águas estão pintando a madrugada
Sonhara eu apenas esquecer que existo
E de flores nada te diria
Sem amor e sem palavras
A tua voz seria apenas um eco distorcido.
Tivesse eu vislumbrado o meu destino
E aos montes sugaria a solidão.
A felicidade é escrava da consciência
E renasce diariamente
Nos loucos e nas crianças.