Não tinha necessidade.

As vezes fico pensando que a gente corre atrás de tantas coisas e na verdade, nenhuma delas eram tão necessárias assim, a vida seria bem mais suave se vivessemos um dia de cada vez, seria como aplicar a regra de UMDI, ou seja, um dia de cada vez, sem pressa, sem atropelos, sem apelos até, sem medos, sem exigências, sem pressões, aí fico a relembrar a aula de quimica aonde cabia a regra de Umdi, naquelas tabelas não havia espaço pra mais de um, pra mais de um de cada vez! Assim deveriam seguir os dias, um de cada vez, acordar sem planejar e simplesmente ofertar, ofertar o dia, ofertar a hora, o momento e tudo que nele irá dar pra rabiscar, pra preencher, pra negociar, pra executar ou não, pra parar ou pra seguir, sei lá, tudo seria mais fácil, talvez nem ao menos nos aborreceríamos tanto como os contratempos, com os impedimentos ou com o caminhar da vida, das coisas, com ou sem solução, quem sabe correríamos menos atrás do vento, pois é, na verdade a gente corre atrás do vento, procurando soprá-lo sempre a nosso favor e nunca contra, mas, tão somente ele não pode e nem há de obedecer-nos posto que nele há liberdade, nele há movimento, nele há fluir da vida e as vezes em nós falta de tudo um pouquinho, as vezes mais porque corremos atrás do que vemos ou melhor do que enxerga os nossos sentidos e nunca atrás do que nossos sentidos não enxergam, e talvez seja lá que resida a verdade, a verdade que buscamos em coisas as quais achamos nos farão então felizes, mas, ao alcançarmos, ao chegarmos no topo não vemos a tal felicidade? É porque a buscamos em lugar errado, em sentido contrário, que tal continuarmos seguindo o vento e dando espaço pra ele nos levar definitivamente para a tal felicidade? Que tal vivermos um dia de cada vez!? Agradecendo, observando, melhorando, buscando fazer outros felizes também, parando, descansando, agitando ou repousando, falando ou silenciando, amando ou contemplando, sonhando ou concretizando, vermos tudo como um único e derradeiro instante, sorvendo como se fosse o último momento, que tal ser simplesmente feliz com o que somos, sem cobranças, sem exigências, sem compromisso, sem fronteiras, sem correr absurdamente atrás de coisas que nem ao menos nos farão mais felizes ou mais satisfeitos, vamos viver um dia de cada vez!?