SE QUANDO...
Se quando subias o corpo da encosta
Curvada pela vida que te foi madrasta
Fugias da vontade de gritar um basta
É porque contigo não tinhas a resposta
Se quando humilhada baixavas a cabeça
Impotente para travares corrente adversa
Mais vale traçar caminhos na inversa
Mesmo que os solos te neguem a promessa
Se quando sobre ti lançava um doce olhar
Daqueles que abrimos e pomos a voar
Esperando que flutue em direcção ao espaço
Não respondias dando a mão à frustração
É porque o relógio que te acciona o coração
Ainda só estava ao alcance de um abraço.